Uma análise sobre o impacto contínuo dos movimentos estudantis dos anos 60 no cenário político e social atual.
Os movimentos estudantis da década de 60, conhecidos pela sigla "68s", continuam a ter um impacto duradouro e significativo em todo o mundo. Este artigo examina como esses eventos históricos influenciam o ativismo contemporâneo, especialmente em tempos de profundas mudanças sociais e políticas. Desde os protestos massivos em Paris, passando pela resistência em Praga, até a influência no Brasil e outros países da América Latina, os estudantes da geração 68 deram início a um movimento global em busca de liberdade, justiça e igualdade.
Nos últimos meses, observamos um aumento na participação política dos jovens, ecoando as demandas daqueles que vieram antes deles. O engajamento nas questões climáticas, a luta por igualdade racial e os direitos LGBTQ+ são evidentes em muitas nações, sendo os temas centrais dos jovens ativistas de hoje. Tais movimentos têm se beneficiado do uso das mídias sociais, uma diferença fundamental entre as abordagens contemporâneas e aquelas dos anos 60, onde o boca a boca e os jornais impressos eram as ferramentas principais de mobilização.
O relatório recente sobre dinâmica de protestos aponta que, atualmente, mais da metade dos líderes de manifestações em várias metrópoles têm menos de 25 anos, indicando uma conscientização crescente e uma disposição inabalável para enfrentar estruturas de poder que consideram injustas. Este ressurgimento de ativismo jovem foi visível durante eventos recentes, como os protestos em defesa da democracia no Brasil e as marchas contra mudanças climáticas em várias cidades europeias.
Especialistas apontam para a resiliência herdada dos movimentos da geração 68 como um fator crucial na persistência desta energia política. Enquanto os contextos sociais e tecnológicos tenham mudado de forma dramática nos últimos 50 anos, o espírito de resistência e a busca por mudança continuam a ser uma força propulsora na sociedade. Com uma conjuntura política e social cada vez mais polarizada, a influência dos "68s" oferece um exemplo poderoso de ativismo eficaz e organizacional que, mesmo passadas várias décadas, ainda inspira e molda a luta contemporânea por um mundo mais justo e igualitário.



